sexta-feira, 27 de março de 2020

Quarentena forçada!

https://youtu.be/Vw6nK6o7V8s

Este link conduz a uma dança que sendo folclore não se trata de um grupo folclórico mas de um género de tuna/rusga.
Trago aqui este vídeo atendendo às dificuldades por que passa o nosso rancho folclórico. Desde há anos que me consta que passava por dificuldades sendo o absentismo a maior de todas. Assim não se podia continuar pois o desinteresse de uns traz o desânimo de outros. Já esperava que isto viesse a acontecer, mesmo no grupo coral. É o resultado de divisões geracionais e, sobretudo, de uma falsa ideia no que se refere ao reconhecimento de competências nomeadamente por parte de quem deveria ter as rédeas do saber e  aconselhar. Não temos jovens. Não temos jovens porque não temos crianças. Não temos crianças porque não lhes são incutidos princípios basilares que suportem a razão fundamental da existência humana sobre a terra.
Quem é Deus? É o Senhor e Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis. E criou o homem? Sim, criou-o à sua imagem e semelhança para que O amasse e servisse e, um dia, fosse feliz para sempre no céu.
Em duas linhas está toda a razão da existência humana. Mas são poucas as pessoas que querem pensar nisso. Preferem viver sem querer saber. Depois se verá!- dizem. Mas alguém veio aqui dizer como é esse "depois se verá?".
Tudo isto para dizer que a minha esperança, a respeito do rancho, era a de continuar a ensaiar embora algo diferente. Se não há 4 pares dança-se com dois. Se não se canta ou toca uma cantiga das que aprenderam com o Zé Manel cantam ou tocam outras coisas mantendo o espírito de rusga e de diversão. Bom para quem se distrai e bom para manter tradições.
Não. Fizeram o mais fácil: atiraram a toalha ao chão. Significa isto que o trabalho de 4 décadas está parado para morrer no esquecimento.
Os novos têm "tanto que fazer" que não querem tomar iniciativas. Os velhos sentem o tempo a escorregar debaixo dos pés e... estes já não querem caminhar!
Ouça esta rusga de Esposende.

segunda-feira, 16 de março de 2020

"O homem põe e Deus dispôe"

É verdade.
Tanto trabalho a programar a visita Pascal de 2020 e... água abaixo!!!
Tanto trabalho a programar um concerto para o dia de Pascoela e... água abaixo!!!
Culpa? Do "coronavirus"!!! Também conhecido pelo nome de uma freguesia de Terras de Bouro: covid-19. Nem é 20, mas 19.
Toda a gente espirra, muita morre e todos andam com medo: e se ???
Já não é o primeiro que vem dos lados da Ásia. Tem de se fechar a porta a esta gente!
Uns dizem: é o destino...
Outros: é um castigo de Deus pelos crimes que a humanidade pratica....
Pode ser que sim. Na verdade dá que pensar (para quem costuma pensar!).
Precisamos de duas atitudes: pensar que não somos daqui, agindo como tal; ter cuidado com esse "bicho" que ninguém sabe onde o poderemos encontrar.
Por isso, meus caros coralistas, tenham muito cuidado em não espirrar para o parceiro da frente pois estou a ficar sem "quorum" para equilibrar o grupo coral. Além disso devem respeitar a prioridade na despedida para o Além. Deixem viver quem ainda pouco viveu.
Beijabração, como diria o P. Acílio Mendes.

Ah! não fiquem inativos. A preguiça é a mãe de todos os vícios.
Não se esqueçam que temos um museu para encher com artigos  de artes e ofícios do povo Dumiense.
Lembrem-se dos vossos (nossos) antepassados e da fome que "raparam". É um dever de justiça deixar os seus nomes "agarrados" a qualquer objecto por mais estranho que pareça. Ainda só temos um penico que, para dizer a verdade, parece-me bastante moderno. Semeiem esta ideia o mais que puderem. Já temos um semeador de dois regos. Falta outro de um só rego. Chocolateira de barro, daquelas que se colocavam no meio das brasas, para fazer o café... não temos nenhuma. Que mais vos hei-de pedir? Que tenham muito amor à vossa terra. Há algum problema em que sejam os vossos filhos ou netos a colher o fruto da vossa persistente "teimosia"?