
Decorridos quatro anos, em Julho, a “nova” Igreja foi inaugurada e sagrado o altar-mor. Para ajudar o canto adquiriu-se um órgão electrónico que ficou junto do altar. Um ano depois a Comissão de Obras decidiu pensar na reconstrução do órgão de tubos tendo deslocado para o coro as peças guardadas noutro local desde o início das obras. Mas, em Maio de 1994, surgiria o infortúnio: um incêndio haveria de consumir todo o altar mor e de transformar as paredes e toda a Igreja num triste “pano” preto. O calor foi de tal modo intenso que derreteu todos os tubos com maior percentagem de chumbo, que estavam acondicionados no chão do coro, à espera de verba para proceder à reparação do órgão. Viram-se as lágrimas a correr pelo rosto de muitas pessoas, tantos foram os sacrifícios nas obras de restauro da Igreja, há pouco inauguradas.
A Comissão de Obras aceitou, novamente, o desafio da reconstrução e, um ano depois, tínhamos a Igreja renovada. O órgão de tubos ficou tão danificado que, agora, seria muito difícil conseguir mais de cinquenta mil euros para voltar a funcionar. Foi passando o tempo mas nunca esqueceu o “velhinho” órgão. Aliás, foi ponto de honra para a Comissão de Obras não deixar cair a ideia de o pôr a funcionar ou de colocar ali outro.
E chegou o dia… quase vinte anos depois. O restauro do órgão centenário, quer da parte do organeiro quer do entalhador e pintor, tornava-se incomportável. Surgiu, então, a ideia de algo que se enquadrasse naquele mesmo espaço. Depois de muito procurar fomos encontrar na Alemanha um que se enquadrava no espaço existente embora de traça e tecnologia moderna. Construido em 1977 na fábrica Oberlinger, tem dois teclados e pedaleira. Tem 5 registos no primeiro teclado, seis no segundo com acoplamento, e um de dezasseis pés na pedaleira. Além disso tem persianas em vidro, accionadas por um pedal, que permite reduzir o volume a metade, para além de evitar a entrada de pó no interior do órgão.
O Mestre organeiro António Simões já o montou e afinou.Vamos começar a “apresentá-lo” ao público que, acreditamos, vai ser generoso na participação no investimento realizado. Assim, ainda em Outubro teremos a semana cultural da Paróquia que culmina com a festa do Padroeiro, S. Martinho de Dume, no dia 22; em Novembro teremos solenidades promovidas pelas confrarias, a grande festa de Cristo Rei e o aniversário da ACR de Dume; em Dezembro, as festas Natalícias.
A Comissão de Obras está de parabéns.
Os eventos irão ser anunciados atempadamente