O título que surgiu no Diário do Minho já tem muitos anos nos estatutos da ACRD. Desde 1983. Começamos, a sério, a fazer recolha (dádivas) de instrumentos relacionados com três árias de trabalho mais comuns em Dume, nos primórdios do séc. XX de que muitos ainda se lembram. A agricultura, a marroquinaria e os "tachinhas".
Instrumentos relacionados com a agricultura já temos: um jugo incompleto, uma "tesoura" de cortar o feno, uma máquina de sulfatar e canas, cântaros de zinco, funil grande em zinco, canecas em barro vidrado, máquina de triturar as uvas, uma prensa para espremer o bagaço (bastante moderna), um serrão de traçar a madeira em rolos, uma serra (para 2 pessoas) para traçar a meio "varas" para fazer escadas de madeira, instrumentos de cozer o pão (pá para arrumar as brasas do forno, pau com um pano para limpar o centro do forno, pá para levar as boroas ao forno, gamela (emboladeira) para dar a forma ao pão, e pá para retirar o pão do forno).
Na arte de marroquinaria já temos o essencial (que alguém ofereceu ao Zé Manel) para trabalhar o couro de forma manual.
Quanto às "tachinhas" temos, ainda, pouco material. Somente um fole para soprar o carvão em brasa e um martelo. Devem faltar outras peças que gostaríamos de colecionar.
Não podemos comprar nada pois não temos proventos fixos. Prometemos colocar em cada peça o nome da pessoa (família) ofertante para que, futuramente, não fiquem no esquecimento de seus filhos, netos, etc. Há peças relacionadas com estes ofícios que desconhecemos mas acreditamos que existam pela freguesia de Dume. A quem ler este texto pedimos que, caso conheça algo que mereça ficar para a história, nos comunique a fim de diligenciarmos na sua aquisição.
Nós passamos. As obras ficam para que outros as admirem. Não acham que será uma perda muito grande os "tachinhas" cairem no esquecimento? E, já agora, um outro desafio: quem conhece alguém que tenha trabalhado fazendo "tachinhas"? Seria muito bom descrever o modo como executavam tal ofício.
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